Nenhuma das múmias no principal museu arqueológico do Cairo sofreu danos durante a invasão ocorrida na semana passada em meio a protestos de manifestantes, as outras 70 peças precisarão ser restauradas, disse Zahi Hawass, o principal arqueólogo do Egito.
Jornalistas haviam reportado que duas múmias haviam sido danificadas em meio à pior crise política no Egito em décadas, e que a informação teria sido dada por Hawass. Em entrevista à BBC neste domingo, ele reforçou que isso não aconteceu.
"Não eram múmias, eram dois esqueletos tirados de máquinas de scanner. Tudo voltará ao normal no museu do Cairo hoje", disse Hawass, principal responsável pelas relíquias do Egito desde 2002.
As relíquias faraônicas são uma parte crucial da indústria de turismo no Egito, e os protestos no Cairo geraram temores de que o país possa sofrer a mesma perda de herança cultural que ocorreu no Iraque em 2003, depois da queda de Saddam Hussein.
Os tesouros culturais do Egito estão seguros, disse Hawass. "O Vale dos Reis está seguro, as pirâmides estão seguras, 24 museus estão seguros, as sinagogas e monastérios estão seguros e os monumentos muçulmanos estão seguros", ele afirmou.
Entre as 70 peças que sofreram avarias, estão duas esculturas do faraó Tutancâmon, que reinou por volta de 1.330 a.C. A poucos metros da praça Tahrir, o Museu Egípcio, que foi construído em 1902, mantém obras de arte de mais de 5.000 anos.
REUTERS, EM LONDRES
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