Hoje
faz 100 anos do nascimento de uma mulher maravilhosa: Waldomira Bastos. Ela
gostava que a chamassem de Dô.
Filha de uma imigrante portuguesa e de um marceneiro mulato teve desde criança que
lutar pela sua sobrevivência. Adorava crianças e com nove anos começou a
trabalhar de babá na casa de uma família rica, depois foi operária fabril, costureira
e se aposentou como enfermeira-chefe de um grande hospital paulista. Tudo o que
conseguiu na vida foi através de grande esforço. Era alegre, namoradeira e na juventude
adorava os bailes de carnaval. Sempre a frente do seu tempo não ligava para os
padrões impostos às mulheres e dirigia Jeep e ambulância, numa época que era
raro as mulheres terem carteira de motorista. Tinha orgulho do primeiro carro
que comprou: um Renault preto e deixou de dirigir apenas nos anos 80 por causa
da artrose. Gostava de viajar e receber amigos que sabiam que podiam contar com
ela em todas as horas. Ótima cozinheira fazia um nhoque-de-leite delicioso e um
pernil de Natal de ficar na memória. São muitas as histórias, mas hoje eu
apenas quero homenagear a Dô publicando algumas fotos dela no tempo. Mulher de
personalidade forte marcou a vida de todos que um dia tiveram a chance de
conviver com ela e para mim foi mais que uma mãe, foi uma salvadora. Para
sempre o meu amor Dô!
(Click nas fotos para ampliá-las.)
4 comentários:
Parabéns para a Dô.......
bj
Saudades sempre, continua viva em nossos corações. Ajudou-nos muito na nossa juventude, éramos então uma mistura de hippies e revolucionários. Dô nos adotou completamente, gostava de dizer que ZéCarlos era o filho, e eu a nora.Na semana passada, escolhendo as fotos para a nossa retrospectiva familiar para o final deste ano, selecionei fotos da Dô com Maria Rita no dia do batizado e depois em Atibaia quando nos mudamos. No dia da mudança Dô sumiu para não se despedir. Muita emoção! Valeu Dô!
Iete
Belíssima e justa homenagem. Taí uma mulher com M maiúsculo. Forte, guerreira e com uma enorme capacidade de amar. Minhas filhas foram muito amadas e paparicadas por ela.
Sempre pronta prá ajudar quem precisasse dela. Nossa comadre falou bem. Fomos todos adotados por ela.
Emocionante ver as fotos (históricas) postadas.
Emocionante tb ver Dona Filó, figura que parece ter saído dos romances do começo do século passado.
Saudades das duas. Saudades daquela época que não volta mais.
Beijos
Marilda
Infelizmente não me lembro muito bem da tão querida e amada Dô, mas pude reparar ao longo do texto o quanto eu perdi por ter nascido "tão tarde".
Emocionante a maneira como você se reporta à ela e às suas lembranças. Creio que não foi fácil, mas tenho certeza que você não seria essa pessoa extraordinária que você é, se não tivesse tido ela ao seu lado.
Sei o quanto recebi de carinho, amor e atenção dessa guerreira que foi homenageada com muito merecimento, e só tenho a agradecer por ter tido a oportunidade de poder, mesmo que por pouco tempo, ter convivido com ela.
Parabéns pela linda homenagem. Tenho certeza de que ela se orgulha de você tanto quanto você dela.
Grande beijo da sua sobrinha postiça,
Laura.
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