segunda-feira, 28 de julho de 2014

Paz!

DORRIT HARAZIN • 'Sem olhos em Gaza'
[Em “O Globo” de hoje • do mural de Juca Kfouri 27/07/2014 13:54]
'Guerra entre a liderança palestina e o governo de Israel se trava pelo controle da narrativa do horror'. (POR DORRIT HARAZIN* / O Globo, 27/7/2014).
"Foi em 1936 que Aldous Huxley, autor do clássico “Admirável mundo novo”, espécie de antiutopia sobre a desumanizada sociedade do futuro, publicou o aclamado “Sem olhos em Gaza”. Retrato sem contemplações da espécie humana, o romance tem por título um verso de John Milton (1608-1674) sobre a cegueira do personagem bíblico Sansão na Gaza dos filisteus. No livro, Huxley ambienta na alta sociedade britânica no início do século XX a cegueira inerente ao homem.
O mundo melhorou pouco de lá para cá. Hoje continua-se a tatear em Gaza, sempre às cegas. Dentro do enclave de 40 quilômetros de extensão e menos de dez quilômetros de largura vivem perto de dois milhões de palestinos ali confinados. Há três semanas eles não conseguem escapar da ratoeira transformada em campo de morte em pleno Ramadã.
Fora do enclave, a guerra entre a liderança palestina e o governo de Israel se trava pelo controle da narrativa do horror. São mútuas as acusações de responsabilidade do outro pelos mais de 800 mortos e 160 mil deslocados que vagam por Gaza desde o início da operação militar lançada por Israel. O ponto de não retorno parece ter sido atingido na quinta-feira, quando uma escola empilhada de famílias e transformada em abrigo de emergência pela ONU foi alvejada pela artilharia das Forças Armadas invasoras.
A escola era uma das 80 mantidas pela agência das Nações Unidas para refugiados palestinos e abrigava moradores de Gaza em fuga dos bombardeios. Com cada sala de aula transformada em dormitório para 80 adultos e crianças já suficientemente castigados e desprovidos, o ataque matou o que lhes restava de esperança. “Hoje é como em 1948”, disse ao jornal “Libération” um ancião que sobreviveu a muito. Ele se referia à chamada nakba (“a catástrofe”), o êxodo das populações palestinas após a criação do Estado de Israel. “Não tenho mais para onde ir.”
Para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, seguidor da cartilha dos partidos da extrema-direita israelense, a diferença entre Israel e a organização terrorista Hamas, que comanda a vida dos palestinos em Gaza, é elementar: “Nós usamos mísseis para proteger nossos civis, eles usam os civis para proteger os seus mísseis.” Como frase de efeito ela pode ter servido a seu propósito. Mas não traduz a realidade da intrincada história de dois povos condenados a viver lado a lado.
“Um país que exige perfeição moral em sua política externa”, sustentava Henry Kissinger durante seus anos de poder em Washington, “não vai conseguir perfeição nem segurança.” E Stalin dizia que uma morte é uma tragédia enquanto um milhão de mortos vira estatística.
Para a aflita intelectualidade judaica da diáspora mundial, contudo, essas receitas de Realpolitik não têm serventia. A inquietude com os desdobramentos do conflito em curso já fez emergir as primeiras vozes dissonantes e reflexivas. Muitas outras virão.
A largada foi dada em Paris esta semana pelo filósofo francês Daniel Schiffer, com sua “Carta aberta de um intelectual judeu a seus pares Alain Finkielkraut, André Glucksmann, Bernard-Henri Lévy”. Nela, o autor de “Critique de la déraison pure”, defensor do direito de defesa do Estado de Israel e órfão de pais mortos em campo de concentração, cobra dos ilustres colegas uma postura coerente com as respectivas biografias.
“O silêncio de vocês nestas tristes circunstâncias é tão ensurdecedor quanto o dos muçulmanos que se recusam a condenar abertamente os crimes cometidos pelos extremistas jihadistas. Um humanista tem por imperativo categórico denunciar o crime de onde ele venha… O sofrimento humano não tem nacionalidade, cultura ou religião: é universal… Deem logo uma prova de honestidade intelectual, de coragem moral e de nobreza d’alma… Israel, esta nação que outrora inventou o conceito de ‘lei’, estaria agora, por algum privilégio absurdo e injusto, acima do direito internacional?”
Por uma irônica coincidência, um dos destinatários do manifesto de Schiffer, o filósofo-celebridade Bernard-Henri Lévy (ou simplesmente, BHL), havia publicado no mesmo dia, nas páginas de Opinião do “New York Times”, um artigo intitulado “O crime de Putin, a covardia da Europa”, no qual chama a Comunidade Europeia de pusilânime por não se manifestar frontalmente contra a atuação da Rússia na Ucrânia do Leste. No artigo Lévy fala em “obrigação moral”.
Engana-se, porém, quem atribui essa primeira diatribe entre intelectuais judeus a um típico cacoete de filósofos da França. A reflexão não é nova. É profunda e honra a História de Israel. Vale, por isso, relembrar uma outra carta aberta escrita um quarto de século atrás por Arthur Hertzberg, um rabino conservador que perdera 37 membros da família nos campos nazistas. Autor de uma obra considerada magistral (“The french enlightment and the jews: the origins of modern semitism”), Hertzberg publicou na “New York review of books” de agosto de 1988 um texto endereçado a Elie Wiesel. Era a época da primeira intifada palestina contra a ocupação de Israel.
No longo artigo, Herztberg cobra do sobrevivente do holocausto, Prêmio Nobel da Paz e autor do seminal “Noite”, uma maior liberdade de crítica à política da força assumida por Israel. “Como sabemos”, escreveu o rabino, “o silêncio é uma forma de atuação.”
Como apoio a seu arrazoado, Herztberg transcreveu trecho de um discurso feito em Jerusalém pelo veterano político israelense Abba Eban (ex-chanceler, ex-ministro da Educação, ex-vice-primeiro-ministro, ex-embaixador na ONU, entre outros).
O trecho soa mais atual do que nunca:
“Alcançamos um patamar que nos permite dizer que Israel nunca foi tão forte em poder e recursos. Jamais Israel teve sua existência menos ameaçada. Nunca Israel esteve mais segura contra um ataque externo e mais vulnerável à insanidade doméstica. Os maiores perigos que ora enfrentamos vêm de nós mesmos. Eles emergem da insana loucura de tentar implantar uma jurisdição permanente de Israel sobre um milhão e meio de árabes da Cisjordânia e Gaza.”
*Dorrit Harazin é jornalista.

sábado, 26 de julho de 2014

Luz.

“Há duas maneiras de espalhar a luz: ser a vela ou o 

espelho que a reflete” 

(Edith Wharton)


quarta-feira, 23 de julho de 2014

Morreu hoje Ariano Suassuna.

Mais uma perda para a Literatura Brasileira e para o mundo.

Morreu no Recife, nesta quarta-feira (23), o escritor, dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna, aos 87 anos. Ele estava internado desde a noite de segunda (21) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Português, onde foi submetido a uma cirurgia na mesma noite após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) do tipo hemorrágico. Segundo boletim médico, o escritor faleceu às 17h15. "O paciente teve uma parada cardíaca provocada pela hipertensão intracraniana".

Ariano Suassuna nasceu em 16 de junho de 1927, em João Pessoa, e cresceu no Sertão paraibano. Mudou-se com a família para o Recife em 1942. Mesmo com os problemas na saúde, ele permanecia em plena atividade profissional. "No Sertão do Nordeste a morte tem nome, chama-se Caetana. Se ela está pensando em me levar, não pense que vai ser fácil, não. Ela vai suar! Se vier com essas besteirinhas de infarto e aneurisma no cérebro, isso eu tiro de letra", disse ele, em dezembro de 2013, durante a retomada de suas aulas-espetáculo.

Sentirei falta da lucidez de suas palavras, do seu sorriso aberto e do seu terno branco! 



Sol entra em Leão!

O Sol entrou em Leão ontem no fim da tarde e Júpiter, o regente do ano, entrou no dia 16 no signo de Leão. O planeta é tido como “o grande benéfico” e está associado à expansão, crescimento e favorecimento. Além disso, também está associado à justiça, leis, filosofia e espiritualidade. Nós leoninos temos que aproveitar !


domingo, 20 de julho de 2014

Semana de perdas para a Literatura Brasileira.

João Ubaldo Ribeiro - 23 de janeiro de 1941/ 18 de julho de 2014



Rubem Alves - 15 de setembro de 1933/ 19 de julho de 2014




terça-feira, 15 de julho de 2014

Homenagem a Vange Leonel.

Vange Leonel, nome artístico de Maria Evangelina Leonel Gandolfo (São Paulo4 de maio de 1963 — 14 de julho de 2014). Cantoracompositoraescritora e ativista LGBT brasileira.

"As Sereias da Rive Gauche", peça de Vange Leonel . Uma das melhores que assisti.
Sinopse:
A peça ´As Sereias da Rive Gauche´ conta a história de dois livros polêmicos publicados no ano de 1928: ´O Poço da Solidão´, da inglesa Radclyffe Hall, e ´Almanaque das Senhoras´, da americana Djuna Barnes. Eles tinham em comum o tema principal - o lesbianismo -, e suas autoras, além de homossexuais, freqüentam os salões literários de Natalie Barney, conhecida como ´A Safo de Paris´. Sua casa funcionava como ponto de encontro de artista e diletantes de todo tipo, mas principalmente de artistas lésbicas e bissexuais. Patrocinadora de jovens talentos, lésbica assumida, sem culpas, Natalie advogava de maneira pioneira aquilo que hoje chamamos de ´orgulho gay´. A peça fala sobre o amor e a paixão lésbica, por meio de aventuras e desventuras amorosas das personagens. Deixa em aberto a pergunta: será que as questões relacionadas à homossexualidade mudaram tanto nestes últimos 75 anos?



quinta-feira, 10 de julho de 2014

Opinião sobre o 7 a 1.


Realmente a coisa foi feia. No começo da Copa eu havia dito que achava que não íamos passar das quartas. Achava , como acho ainda, que tínhamos um timinho. Não tínhamos tática e os jogadores sempre estavam perdidos em campo. Cá entre nós , tirando o Neymar que realmente é um craque, mas que ainda tem chão pela frente e que se não se cuidar vai ficar encostado no decadente Barcelona, não tínhamos ataque .
Fred é poste e a tal defesa maravilhosa, não é lá essas coisas, só é milionária(um mês de salário do Tiago arruma a minha vida inteira! 
Antes da copa eu até pensava que a Alemanha fosse vencer agora tô com certeza. A Alemanha tem um time integrado formado por jogadores que jogam sempre juntos - metade Bayer e outra Borussia- e um técnico inteligente. Nós com esse Felipão , ops!  Felipinha.
Vc sabe que eu assisto os campeonatos inglês, alemão, italiano, espanhol, etc e a gente vê o futebol que se joga na Europa e os técnicos jovens , com ideias modernas , uma equipe moderna. Até a seleção dos EUA jogou direitinho né? Nós temos um bando de velhinhos que ficaram no passado! Nem sei se tem algum treinador melhor aqui no Brasil.
O futebol como sempre manipulado por interesses financeiros e o povo achando que é esporte!
A mídia que mudou do não vai ter copa para o a melhor seleção, a melhor defesa e deu no que deu: Vexame!
Nossa seleção parecia um bando de meninos chorões que pareciam esperar que a mamãe entrasse em campo e os confortassem dizendo: calma filhinho , vc só tem dez aninhos no futuro vc ganha! 
Capitão que chora e se acovarda na hora do penalty?!!!!!!
Um David Luiz que é zagueiro , mas sonha em ser atacante ( não gosto dele desde do Chelsea , me soa falso e tentando construir fama) , um Fred poste, um Hulk de cabeça fraca acha que é o personagem dos quadrinhos, e todos os demais , a maioria vindo dos campeonatos europeus toda machucada e cansada. Um Bernard que tá encostado num time da Ucrânia entra em campo contra a Alemanha?! Me poupe! Tragédia anunciada e presenciada por nós ao vivo , a cores e em HD!
No meio de tudo isso: money, grana, verdinha, bufunfa. Plagiando Shakespeare : mais coisas e mistérios no futebol brasileiro do que sonham a nossa vã filosofia!
E o Neymar ? O marketing em cima do Neymar é nojento! O cara se machuca, coisa séria, depois vai pra casa e a equipe manda fazer boné, camiseta, máscara e daí é só Neymar na TV dia e noite , parecia que o cara tinha morrido! e  agora depois do vexame, ele volta para a seleção , para ficar ao lado dos amigos e dar força????
Me poupe! Afinal  o cara teve ou não teve uma séria contusão? não ia ter que  ficar um mês descansando em casa ??? 
Tudo orquestrado pelas mãos de Midas do senhor Nizan Guanaes, esse sim um goleador quando se trata de propaganda!
Conclusão : sábado tem Neymar ( no banco) uma choradeira em campo e o futebolzinho de sempre . 
E o Brasil? o Felipinha vai entrar com o mesmo time que jogou a primeira partida , vai ter o Fred sim, e vamos torcer para a Holanda e o Roben não estarem inspirados, senão a gente vai perder feio de novo. Mas acho que nunca mais acontecerá a trágica terça-feira de sete a um ! 
Sábado a torcida coxinha vai mandar a Dilma novamente tomar naquele lugar , porque não sei se você sabe , mas a culpa do 7 a 1 é da Dilma!!!! kkkk
Domingo tem a Argentina e a Alemanha na final. Tô com os alemongas  ! Mesmo porque torcer para os hermanos é ruim hem!!!!

Segunda-feira a coisa toda muda e vamos começar a assistir a um novo esporte : o campeonato de Vale-tudo na política com direito a muito soco, golpe baixo , rasteira, cuspida, pontapé e sangue !!! uma luta de dar inveja no MMA - UFC

Aguarde que vc verá!

domingo, 6 de julho de 2014

Neblina em pleno dia.


Lá vem a neblina novamente em pleno dia! Os especialistas dizem que ela se forma porque o vento quente que vem do interior encontra a água fria do mar e forma pequenas gotículas que a gente chama de neblina . As fotos abaixo são dos dois últimos dias. Nos tempos de antigamente essa neblina subia a serra e sem obstáculos chegava em São Paulo que acabou ganhando o apelido de cidade da garoa !

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Tudo é efêmero !

Fico triste porque a vista que tenho da minha sacada dia a dia vai se modificando. Tudo causado pelas novas construções de edifícios. A Serra do Mar que tanto gosto , com seu formato original irá cada vez mais desaparecer da minha visão. Por isso , agora , cada pôr do sol é único e efêmero ! Fotografo porque quero guardar , pelo menos nas fotos, a imagem que tanto olhei nesses últimos cinco anos. 
Esse foi o pôr do sol de ontem .





Tá chegando a hora . Amanhã começa a pedreira.


                                Vamos lá BRASIL!!!!

terça-feira, 1 de julho de 2014

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Praia Grande ., SP, Brazil
Historiadora por profissão. Escritora por destino .Viajante no mundo por acaso. Fotógrafa amadora por paixão.