quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Descobertas arqueológicas.



 Há cem mil anos os humanos produziam tinta. Talvez decorassem a roupa ou o corpo com desenhos e símbolos. Não se sabe. O certo é que eram artesões com um local próprio onde juntavam pigmentos, adicionavam um líquido, misturavam-no.



Conchas com o resto de tintas produzidas há cem mil anos( Cris Henshilwood)

Em 2008 uma equipa de investigadores descobriu na gruta de Blombos, perto da Cidade do Cabo, na África do Sul, a mais antiga oficina da humanidade que se conhece. Os resultados são publicados hoje na revista Science e ampliam o que se sabe sobre os primeiros tempos da espécie humana.
Os arqueólogos da Universidade de Bergen, na Noruega, encontraram duas espécies de “estojos de ferramentas” da idade da pedra pertencentes ao Paleolítico Médio, numa camada com cem mil anos, na gruta. Duas conchas de uma espécie de molusco, separadas por alguns centímetros, em que cada uma continha restos secos da tinta vermelha ocre produzida pelas pessoas que estiveram ali. Um dos estojos estava mais completo, e tinha pedras para polir, osso, carvão vegetal, etc.
Através de uma análise da tinta, a equipa de Cristopher Henshilwood conseguiu perceber qual era a sua composição. “Acreditamos que o processo de produção envolvia esfregar pedaços de ocre [composto obtido a partir da terra ou da rocha que contém uma mistura de óxidos e hidróxidos de ferro, com cor ferruginosa] em lâminas de quartzito para produzir um pó fino”, explicou em comunicado Henshilwood. Depois o pó era misturado com carvão vegetal, com lascas de pedra e um líquido
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