domingo, 29 de maio de 2011

Quem foi Maria Bueno


Maria Bueno
Maria da Conceição Bueno, nasceu perto de Morretes, num lugar chamado Rio da Prata, no dia 08 de Dezembro de 1854, dia de Nossa Senhora da Conceição. O povo chamava o lugar de Biquinha de Prata, por causa da água cristalina e límpida do rio. Na noite do nascimento de Maria Bueno, sua mãe estava contente porque, na véspera, sonhou que havia visto uma santa muito bonita entrar em seu quarto. Ela teve vontade de gritar, não de medo, mas de alegria. A Santa, porém, fez um sinal, dizendo-lhe: “Júlia, não temas. Eu sou a Mãe de Jesus. Vendo avisar-te que vais dar à luz a uma menina, e que está reservada a ela uma grande missão sobre a terra. Será uma alma milagrosa, que há de fazer muitos benefícios, aos seus semelhantes. Tenha Fé e Confiança”.
Contam que Pedro Bueno, embriagado, quis matar Maria Bueno, quando nasceu. Quando se preparava para arrebatar a cabeça da criança com uma garrafa, uma forte luz bateu em sua cabeça, fazendo-o cair desfalecido. Depois disso acordou diferente. Transformou-se num bom homem. Deixou de beber e adorava Maria Bueno. Mais tarde, alistou-se como voluntário, na Guerra do Paraguai, morrendo em combate.
Júlia e sua filha Maria Bueno, sempre que podiam, iam visitar seus parentes e amigos no Porto de Cima e se hospedavam na casa, onde  funcionou a Prefeitura, a cadeia e a escola Professora Benedita da Silva Vieira. Depois, mudou-se para Campo Largo. Mais tarde, sua mãe faleceu e sua irmã Maria Rosa começou a maltratá-la, ocasião em que Maria Bueno, ajudada por alguns padres, foi para Curitiba.
Jovem, bonita, gostava de dançar, por isso vivia nos bailes. Lá conheceu Inácio Diniz, anspeçada do Exército. Ele insistiu e foi morar junto com Maria Bueno.
Uma noite, em que Diniz estava de serviço no quartel havia um grande baile. Maria Bueno queria ir dançar e Diniz não queria que ela fosse. Discutiram fortemente, Diniz foi para o quartel. Maria Bueno foi para o baile. Tarde da noite, Diniz saiu do quartel (onde hoje é o colégio São José, na Praça Rui Barbosa) e foi espionar Maria Bueno no baile. Ficou furioso e escondido nos matos da Rua Campos Gerais. (hoje Rua Vicente Machado). Quando Maria Bueno passou sozinha, matou-a com um punhal, degolando-a. Era então a madrugada do dia 29 de janeiro de 1893. O crime abalou a pequenina Curitiba da época. Diniz foi preso e julgado por um júri popular, do qual, tomaram parte proeminentes figuras curitibanas, e ele foi absolvido por unanimidade.
No lugar onde Maria Bueno morreu, foi colocada uma tosca cruz de madeira. Nos pés desta cruz, nasceu uma rosa vermelha. Maria Bueno era muito popular e admirada pelo povo, que ia rezar e acender velas. Contam que aconteceram graças e milagres, transformou-se numa grande romaria.
Na revolução Federalista de 1894, quando Gumercindo Saraiva tomou conta de Curitiba, Diniz foi fuzilado pelo Exército.
Hoje há devotos de Maria Bueno que construíram seu túmulo em cemitérios, com placas de agradecimentos do Brasil inteiro e de países do Mundo.

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