sábado, 28 de maio de 2011

A poesia das canções.

O Quereres.

(...)
Eu queria querer-te amar o amor

Construir-nos dulcíssima prisão

Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e é de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és.
O quereres e o estares sempre a fim

Do que em ti é em mim tão desigual

Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente impessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há, e do que não há em mim.
Ah! Bruta flor do querer

Ah! Bruta flor, bruta flor.
(Caetano Veloso)

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