sábado, 26 de março de 2011

Ricardo Reis em Fernando Pessoa.

Não canto a noite porque no meu canto

O sol que canto acabará em noite.
          Não ignoro o que esqueço.
          Canto por esquecê-lo.

Pudesse eu suspender, inda que em sonho,
O apolíneo curso, e conhecer-me,
          Inda que louco, gémeo
          De uma hora imperecível!

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